Como um trapo velho
jogado nas calcadas,
vejo o tempo passar
Sem um fio de esperança.
Com vestes que mais parece lixo;
perfume vencido a mais de ano...
Banho? nem lembro mais quando foi o último
Nem quando cortei os cabelos,
unhas que parece de bicho... olhar de abandono.
Sonho apenas com um prato de comida
um copo com água ou algo que alimente minha fome,
esperança ainda não fomos apresentados um ao outro.
Aqui onde o capitalismo dita as regras
Sou invisível aos olhos da sociedade,
marginalizado sem cometer crime,
jogado nas periferias e capitais
sou chamado de tudo por todos,
só não sou chamado de gente..
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